sábado, 27 de agosto de 2011

[Grécia - Tessalónica] A okupa Delta em risco de desalojo

A okupa Delta permanecerá

Não é para alugar

No final de julho o Instituto Tecnológico Educational Alexandrio de Tessalónica, anuncio publicamente sua intenção de oferecer o edifício localizado no nº13 da rua Egnatia para aluguer – o edifício tem sido ocupado pelos ultimos quatro anos.
Após anos de negligência, este espaço tornou-se através de processos coletivos, a partir de edifício abandonado e inacessível, um projeto livre e social aberto a todos. Sua operação é baseada na igualdade e solidariedade, contra e longe de toda forma de Estado ou de gestão privada. As decisões são tomadas coletivamente e horizontalmente, com base em nossas necessidades, desejos e possibilidades.

Espaços liberados e okupas são a solução.
O problema é o capitalismo.


Estamos passando por um período selvagem de redistribuição da riqueza social, onde os ricos estão ficando mais poucos e mais ricos e os pobres mais e mais pobres; querendo levar a cabo seus planos odiosos, eles continuam a atualizar seu arsenal jurídico e logístico, dentro do planejamento internacional dos patrões. O Estado atuando com a estratégia “divide et impera” tenta isolar aqueles que lutam e resistem, estigmatizá-los, a fim de ser mais fácil de confrontá-los.

Quando as okupas,
as partes subversivas da sociedade
e os combatentes são atacados,
é como se fossemos todos atacados.

 

A repressão além do seu efeito imediato, tem um “caráter exemplar”. Sua finalidade é de desencorajar qualquer um intenta resistir e procurar soluções radicais-realistas para sua vida. Por estas razões é necessária a solidariedade classista e social entre os oprimidos. Não há soluções individuais para problemas coletivos. A acção coletiva é a resposta.

 

Se não nos unirmos na luta comum contra a opressão,
então vamos compartilhar uma derrota comum.

 

[Chile] Comunicado da okupa T.I.A.O, após ser invadida pela polícia em Valparaíso


Aos solidários de sempre…
Hoje, 23 de Agosto de 2011, aproximadamente às seis da tarde, policiais anunciaram sua chegada batendo nas portas metálicas da nossa casa okupada há cinco anos, localizada na rua Yungay. Logo que entraram, fizeram “buscas” na casa, invadindo violentamente, quebrando as portas de metal e janelas, chutando e quebrando tudo em seu caminho, incluindo nossos pertences pessoais, enquanto reviravam todo o lugar.
Os companheiros que naquela hora estavam dentro da nossa casa foram algemados e ameaçados com armas de fogo. Os policiais, em seu ato terrorista, enfatizavam a todo momento que procuravam extintores, trazendo à memória de todos as recentes e conhecidas montagens judiciais e políticas contra outros centros sociais ocupados em todo o território controlado pelo Estado do Chile. Paralelamente a isto, no exterior da nossa casa era mobilizado um grande número de forças especiais apoiados por vários canhões de água e lançamentos de produtos químicos diversos, além de várias patrulhas e contingente de trânsito, que isolaram as imediações impossibilitando os indivíduos que em solidariedade vieram deter o despejo iminente.
As forças da ordem fascistas, chamados policiais, incluindo o Gope e o Laboratório de Criminalística, permanecendo por mais de uma hora, sem nenhuma testemunha civil, registrando cada canto deste espaço chamado T.I.A.O. (Taller Independiente de Artes y Oficios  - Oficina Independente de Artes e Ofícios), local onde se desenvolvem vários projetos destinados a auto-gestão e autonomia; entendemos o ataque dentro de um contexto repressivo montado pelas cúpulas do poder político e econômico para intimidar tanto os que lutam em Valparaiso, em Santiago, em Wallmapu e em todo o país. Hoje foi conosco, ontem outros companheiros, que será amanhã? Sabemos que para o poder quem se organiza para recuperar a vida que o capitalismo nos rouba é um inimigo, mas não nos assustam, temos muitos anos de batalha, não vamos parar hoje! Amanhã tampouco, é claro.
A dignidade daqueles que foram às ruas nas últimas semanas, dos peñis [Mapuches] que resistem no sul e dos companheiros presos que lutam na prisão nos enche de força, força para eles também, sua luta é a nossa!
Deixando claro que, sabendo que as leis são feitas e desfeitas pelos poderosos à sua conveniência, queremos apontar as irregularidades nas ações das forças terroristas: nenhum promotor esteve presente na invasão; a ordem apresentada tem como domicílio outra direção que não corresponde à nossa casa, por isso nunca tiveram permissão legal para entrar, além de declaram que passaram pela casa sem deixar danos, obviamente não foi assim, roubando e destruindo o material da oficina de serigrafia e outras partes da casa .
Estamos tranqüilos neste momento, mas expectantes, analisando nossos movimentos e os do inimigo, com a convicção rebelde de que estamos no caminho certo, que em 5 anos de okupação, sem esquecer dos problemas e dificuldades, construímos  mais coisas belas do que são capazes de fazer todos os parasitas juntos em toda a sua vida. E isso, nossa criatividade, nossa maneira de viver, sem líderes, sem hierarquia, nossos desejos de experimentar a liberdade aqui e agora, foram transformados, com a ajuda da imprensa, em delitos, em crimes. Mas estamos tranqüilos, pois bem sabemos quem são os criminosos.
A noite cai em Valparaíso, e ainda cheira a gás lacrimogêneo nossa casa, mas comemos uma refeição preparada por todos, cheia de amor; nossos corações estão tristes, mas um sorriso surge em nossos rostos, pois aconteça o que acontecer, nossa melhor vingança é ser livre e feliz.
Solidariedade a todas as casas okupadas, aos invadidos, aos investigados, encarcerados e todos os que lutam.
Um agradecimento especial a todos os indivíduos que espontaneamente solidarizaram-se, avante companheiros, isto acaba de começar!

agência de notícias anarquistas-ana

[Campinas-SP] Okupa Timothy Leary - Comunicado

Comunicado:
A apenas 90 km de São Paulo está localizada Campinas, cidade conhecida por abrigar umas das maiores universidades do país, a UNICAMP. Por alguns anos (entre 1990 e 2004), também foi o palco de uma famosa okupa anarquista, a Pomba-Negra. Após períodos de perseguição fascista nas ruas (poucos anos depois), crescimento do movimento de direita, amenizou-se e uma nova geração de anti-autoritários começou a crescer.
Neste caldeirão alguns de nós começamos a fazer estudos sobre os escritos libertários do futurista Timothy Leary, sobretudo quanto aos fins libertários e terapêuticos das experiências psicodélicas (um manual baseado no Livro Tibetano dos Mortos). Algo capaz de reconstruir egos, libertar as pessoas de suas prisões diárias e recrutar mais e mais camaradas pela liberdade.
Surgiu a necessidade de um espaço para lidar com essas experiências: Daí vem a okupa Timothy Leary, levando o nome desse cientista que tanto contribuiu para a liberdade. O nome deve servir de referência e ajudar a difundir seus estudos, que além de perseguidos foram esquecidos e deixados à marginalidade no movimento contra-cultural.
Depois que passou a ser planejada, e com referências em outras Okupas (agradecimentos a Lxs Gatxs de Córdoba (Argentina), La Máquina de Santiago (Chile), Boske Ipirapijuka de Porto Alegre (RS) e à Casa Aberta de São Paulo (SP), a maioria agora já desalojados ou em processo de desalojo), passamos a contar com futuras instalações para as mais diversas atividades: estúdio de música, sala de exibição de filmes, oficina de serigrafia, hortas de permacultura e culturas psicotrópicas (legais), à parte das instalações sustentáveis, composteira, banheiro seco, contenedor de água, chuveiro solar, etc.
As experiências psicodélicas acabaram como plano à parte e a casa já se prepara para atividades de exercícios Somaterapeuticos, aulas de capoeira e eventos culturais.
Antes que tudo pudesse ou possa acontecer, tivemos que enfrentar muitas dificuldades, (isso sem jamais perder o entusiasmo). Primeiramente a falta de contingente. Haviam poucos os que realmente queriam se envolver. Foi feita a divulgação, o nascimento de uma nova Zona Autônoma nos moldes de Hakim Bey havia sido anunciada, porém as pessoas, por comodismo, ou saturação de tarefas, não apareciam.
Um dos vizinhos não gostou da idéia de um espaço alternativo ao lado. Chamaram a polícia várias vezes (até que a mesma reclamou com eles sobre), inventaram falsos-compradores da casa, e jamais se abriram ao diálogo. Também muito provavelmente, quebraram um de nossos cadeados no período em que foi trocado pelo antigo, avisando-nos que a imobiliária quem o fez. Neste período em que a casa ficou destrancada, começou a ser utilizada como ponto de uso de drogas pesadas e de prostituição.
Apostamos inicialmente no pluralismo e na experiência como aprendizado, na educação-ação. Muitas pessoas distantes da proposta apareceram. Malabaristas, punks sem definições e estudantes curiosos. Começou-se a misturarem-se os desejos sobre o que fazer da casa e apareceram as duas palavras-chave: Squat Punk & Centro Cultural. Apesar de achar que as duas coisas poderiam coexistir, foi-se percebendo que o que se estava denominado como Squat-Punk não poderia ser duradouro nem construtivo, mas um fim em si mesmo, e as atividades programadas para o espaço estariam comprometidas. A primeira opção foi abortada, pois percebeu-se uma distorção sobre o que significava o punk para aqueles que o estavam reivindicando, mesmo que ainda estejamos aberto a punks (como há anarco-punks moradores) ou qualquer que seja e esteja de bom grado pela proposta libertária da casa. No espaço, foi definido e avisado logo na entrada (baseado nas regras definidas em Christiania): Proibido: drogas pesadas e álcool, gangues, intolerância, roubos, armas, violência.
Assim ficou excluído praticamente todos os problemas que tínhamos até então, formalmente. Antes de perceber o quanto éramos unidos, vários convidados da casa tentaram virar a mesa e usar da casa para fins egoístas. Sem querer unir-se e aprender um modo de vida alternativo, pouco a pouco tivemos que filtrar quem continuaria na casa, saindo primeiro os okupantes dos fundos, usuários de crack, depois malabaristas sem propostas libertárias, que não respeitavam os moradores da casa, e finalmente okupantes que eram intolerantes uns aos outros embasados em preconceitos e de forma agressiva.
Apaziguada, a casa permanece de pé e os okupantes seguem com os projetos propostos. Há moradores e visitantes esporádicos. Estamos unidos e contando com o apoio de todos que quiserem contribuir. Também os que queiram vir e aprender conosco, conhecer o espaço são muito bem-vindos, com base nas regras ditas anteriormente. Dia após dia, o organismo das pessoas envolvidas é que evolui, e faz valer a pena esse processo de surgimento e desaparecimento das zonas autônomas.
Solidariedade à todas as okupas que estão em processo de desalojo em todo o mundo! Nossos sonhos não se desalojam!
Okupa e Resiste!
Okupa Timothy Leary
Contato: okupaleary@riseup.net

OKUPAÇÕES E UMA NOVA ORGANIZAÇÃO FAMILIAR

As okupações de imóveis abandonados e transformados em moradias e Centros Sociais Okupados (CSO), é a construção prática de um novo estilo de vida alternativo, que entra em ruptura direta com o Capitalismo e seus fundamentos.
Dentro desta ruptura, por exemplo, está a recusa do mercado de trabalho formal pela cooperação e produção autogeridas, criando suas próprias atividades de subsistência (o que pra mim é bem mais eficaz do que a greve geral, proclamada pelo movimento dos trabalhadores tradicional). Também outro exemplo dessa ruptura está o abandono da noção de lar e da família nuclear tradicionais pela vida comunitária.
Dentro do Capitalismo, a família nuclear tradicional torna-se um pilar para a existência do Estado e do Capital. Primeiro porque o pai torna-se o chefe de família, pois geralmente é ele quem trabalha e sustenta a sua família, e as esposas e filhos lhe devem total obediência. Ensina-se, assim, nas crianças o respeito e a obediência à autoridade (do pai, do professor, do padre, do patrão, do policial, do Estado). Segundo porque o Capital familiar é mantido na forma de herança, mantendo assim a noção de propriedade privada. Também a educação patriarcal desenvolve nas crianças a noção de dominador ou dominado, ou seja, para ser patrão ou empregado.
Os jovens de hoje percebem claramente que para viver uma vida livre e lúdica terão que romper com os mecanismos autoritários de relacionamentos afetivos tradicionais do Sistema Capitalista. Para isso, a alternativa é marginalizar-se e criar novos tipos de vida comunitária em substituição à do lar e à da família nuclear tradicinais.
Na sociedade capitalista, muitas mulheres se submetem ao poder dos homens, pois dependem deles financeiramente para se sustentarem e sustentarem seus filhos. Assim, muitas mulheres têm medo de se separarem de seus maridos, pois se sentiriam desamparadas.
Entre aquelas mulheres corajosas, que não se submetem ao poder de seus maridos e pedem o divórcio, geralmente os filhos ficam com as mães. Essas mulheres têm suas vidas sufocadas pela dupla jornada de trabalho (de dia trabalham fora, de noite trabalham em casa, cuidando do lar e dos filhos), se afastam emocionalmente dos seus filhos, deixando-os nas mãos de parentes ou em creches (sob controle pedagógico do Estado), e elas não têm tempo para si mesmas.
Portanto, as okupações oferecem a vantagem da vida comunitária. Onde todos cuida de todos, os pais e as mães terão mais liberdade para atividades de sobrevivência, portanto, igualdade econômica para ambos os sexos. As mulheres não dependem tanto de seus companheiros, e assim não estão submetidas ao seu poder de macho. As mães podem livremente unir-se ou separar-se de seus companheiros, sem nenhum prejuízo para as crianças, pois a função de todos na comunidade é criar, sustentar e educar todas as crianças, dando liberdade máxima para as mulheres.
Sendo dever da comunidade cuidar das crianças, elas receberiam uma educação diversificada e descentralizada, estando libertas do poder absoluto dos pais. Também como as crianças estariam vivênciando na prática um espírito comunitário e cooperativo, elas rejeitariam a ideologia burguêsa com sua competitividade e egoísmo, e cresceriam aptos para viver em liberdade e igualdade com seus semelhantes.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

[Natal - RN] VIVÊNCIA TABOCA

Programação:

Dia 08/09 (quinta) as 18:00 hs - Debate: Pós-identidade Queer, com Lucas Altamar e a realidade das transsexuais em Natal, com Jéssica. Exibição do vídeo: Trans América.
Local: Squat Taboca - endereço okultado - Entrada livre.

Dia 09/09 (sexta) - as 18:00 hs - Debate: Anarquia e Anarquismos, com Rogério Nascimento. Exibição do vídeo: CicloVida.
Local: Squat Taboca - endereço okultado - Entrada livre.

Dia 10/09 (sábado) - as 19:0 hs - Gig com as bandas:

- NeKoni (PB);
- CUSPE (PB);
- Derribar Tus Muros (PE);
- Angustia No (PB);
- Projjeto Macabro (PE);
- D-zakto (CE);
- Sem Trégua (RN);
- Tapuia No Ganza (RN);

Local: Let's Rock Bar - Rua das Virgens - Ribeira (próx. ao Bar Buraco da Catita);
Entrada: 5,00 conto (beneficente ao CSO Taboca).

[Grécia] Acção de solidariedade com a Okupa Skaramaga


A 2 de Agosto, membros da Contra Info colocaram um banner escrito em Inglês em solidariedade com a Okupa Skaramaga no pátio da Escola Politécnica de Atenas (Polytechnio), na rua Patission. Também foi distribuído o seguinte texto de contra-informação sobre a incursão policial na Okupa Skaramaga – em Inglês e Francês – durante o encontro de solidariedade na Praça Monastiraki:
ESTADO E PATRÕES ATENTEM BEM: MANTENHAM AS VOSSAS PATAS BEM LONGE DA OKUPA SKARAMAGA

Na manhã de sexta-feira, 29 de Julho de 2011 as forças repressivas e persecutórias do Estado grego efectuaram de novo uma operação de estilo militar em pleno centro da cidade de Atenas.
Assassinos em uniforme – ou seja polícias gregos – invadiram uma okupa  anarquista na junção do nº 61 da Rua Patission com a Rua Skaramaga, bloqueando o edifício mais de cinco horas ao apelo de um delegado do proprietário “legítimo”, o Fundo das Pensões dos marinheiros (ΝΑΤ). Os polícias confiscaram todos os computadores e um servidor de internet da Okupa. Para além disso, um dos ocupantes que tinha entrado juntamente, a fim de estar presente durante as investigações, foi preso e mantido sob custódia na esquadra de Omonia. Acusado de três delitos, só foi libertado no sábado seguinte tendo sido marcada para 10 de Agosto a sua data de julgamento.
Esta operação policial não surgiu do nada. Em particular e nesta  zona central da cidade  as Okupas anarquistas da Villa Amalias e de Skaramanga tinham sido já  atacadas pela polícia e pelos fascistas em Maio, no contexto dos violentos ataques contra os e as imigrantes, -realizados no centro de Atenas pelos nazi-fascistas, tendo por pretexto a brutal morte de Kantas Manolis, enquanto que grupos neo-nazis lançavam pogroms- ferindo centenas de imigrantes e apunhalando mortalmente Alim Abdul Manam, do Bangladesh.
A Okupa Skaramaga é um dos projetos anarquistas alargados que emergiu da revolta de Dezembro de 2008. Desde então, ela tem resistido como ponto de encontro dos movimentos sociais radicais assim como uma rampa de lançamento para indivíduos e coletivos que lutam pela emancipação social.
Este ataque aconteceu poucas horas antes da expulsão de ocupação de tendas na Praça Syntagma ao amanhecer de sábado, dia 30 de Julho. A desocupação da Praça Syntagma foi dirigida por Eleni Raikou, o mesmo que ordenou o despejo imediato da Faculdade de Direito de Atenas, onde 300 imigrantes-trabalhadores tinham iniciado uma greve de fome em Janeiro de 2011.
Os atos de repressão da Junta democrática, da semana passada, ocorreram um mês depois do Estado cometer crimes contra milhares de manifestantes, durante a greve geral de 48 horas, de 28 e 29 de Junho. Pelo menos 500 pessoas ficaram feridas e 23 foram detidas na sequência das manifestações contra o novo plano de austeridade e a degradação das suas condições de vida.
Tomamos posição contra, a opressão e o genocídio social orquestrados pelo Estado e pelos patrões, pela resistência, pela solidariedade, pela auto-organização das lutas sociais, sem compromissos.
Ocupantes e companheiros em solidariedade reocuparam o edifício de squat Skaramaga e acções de  solidariedade internacionais serão bem-vindas. Qualquer ataque por parte do Estado e/ou pelos neo-nazis contra Okupas como a Skaramaga, é um ataque contra o movimento anarquista internacional e não será tolerado. Nós lhes barraremos o caminho e rispostaremos!
Parem IMEDIATAMENTE todas as perseguições contra as Okupas!
Em solidariedade,
Contra Info, Rede de tradução de Contra-Informação
contrainfo.espiv.net

http://pt.contrainfo.espiv.net/2011/08/12/accao-de-solidariedade-com-a-okupa-skaramaga/

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

[Squat Taboca] Oficina de Tupi - Guarani

Dando continuidade as atividades no CSO Taboca, estamos oferecendo gratuitamente oficinas da língua Tupi-Guarani, língua original dos povos indígenas que habitavam e habitam aqui há muito tempo, resgatando a memória e a história das formas de vida desses povos livres e selvagens.

A PARTIR DO DIA 05/09, TODAS AS SEGUNDAS, AO MEIO DIA; Com o professor Alcides e o professor Rômulo Angélico.

Por Squat Taboca : http://squattaboca.blogspot.com

sábado, 20 de agosto de 2011

[Aracruz - ES] Eventos no Squat Pantano Revida







[Natal - RN] Gig em beneficio ao Squat Taboca


OKUPE SUA VIDA

São tantas as vidas vazias
Nossas vidas vamos okupar
Queremos passar nossos dias
Com a dignidade de ter um lar

Desabrigados morrendo nas ruas
Ricos deixam casas que apodrecem
É preciso retomar de volta com lutas
Os recursos que a todos pertecem

Espaços vazios, vidas sem sentidos
Okupar é o que devemos fazer
Os semelhantes poder viver unidos
Para que a liberdade possa florescer.
(Bio)


fonte: http://squattaboca.blogspot.com/ 

OKUPAÇÕES EM BARCELONA, ESPANHA

     O Movimento Okupa surge na Espanha na raiz das experiências europeias de países como Alemanha, Inglaterra e Holanda. O habitar ilegal de casas tem existido sempre, porém como movimento político de reivindicação começou na década de 80. Este, atualmente é marcado por um contexto de descontentamento geral. Os cidadões vêem que os governantes não tem a justiça social e as suas necessidades como prioridade. O Estado de "bem estar" quebra, as ajudas sociais diminuem e o desemprego castiga forte.
     Os edifícios vazios são muitos, e as pessoas sem moradia também. Enquanto os bancos e as imobiliárias enriquecem com o uso especulativo do solo. Por outro lado, um amplo setor da sociedade mais radical e contracultural se encontram onde os lugares oficiais da participação política e artística os excluem. Esta falta de espaços onde viver, criar e organizar-se politicamente, é o que empurra a centenas de pessoas a infringir a legalidade e ocupar edifícios abandonados.
     O que distingue esse movimento não é a apropriação dos espaços, mas sim sua reivindicação pública e a utilização política destes espaços para incidir numa transformação social.
     O objetivo deste movimento é criar consciência do problema social de moradia, que representa no fundo a exclusão e a prioridade do dinheiro sobre as pessoas dentro do sistema capitalista atual. Também conseguimos enxergar a cumplicidade dos governos ditos "democráticos" nesta injustiça.
     O Movimento Okupa é heterogêneo: há pessoas de todas as raças e idades, e coletivos com interesses muito diferentes, que vão desde a ecologia ao antimilitarismo. A diferença de posicionamentos pessoais, desde anarquistas aos socialistas, não impede que em momentos de dificuldades façamos uma frente comum. Todos nos agrupamos em torno de um sentimento de ativismo frente a injustiça e de combate ao abuso de poder. Todos temos um inimigo comum e uma identidade marginal que reivindicamos. Nossa forma de subsistência é o mais autogestionária possível. Fugimos ao máximo do trabalho assalariado e tentamos nos manter com o que produzimos. O dinheiro arrecadado nos concertos e cafeterias serve para manter os espaços e financiar projetos e ações dos coletivos, assim como para fazer frente aos gastos judiciais dos companheiros detidos. Também tentamos praticar ao máximo da reciclagem e aproveitamento roupas, comidas ou materiais que nos oferecem.
     Nossos espaços se dividem em moradias e Centros Sociais Ocupados (CSO), onde se oferecem gratuitamente atividades lúdicas e informativas, assim como concertos e eventos políticos e culturais de todo tipo.
     O movimento se organiza horizontalmente em assembléias de bairro ou de cidade, pratica a democracia direta, a tolerância, o antiautoritarismo, a ação direta, a desobediência civil como métodos. Se armam com uma rede de apoio mútuo entre as casas ocupadas para a sobrevivência e contra os desalojos e de grupos de afinidades para a ação. Tentamos dar ao máximo de vida e proteger nossos espaços, assim como nos prepararmos com estratégias para o combate contra a repressão em desalojos e manifestações.
     Também contamos com uma estrutura de contra-informação muito valiosa de boletins e rádios que difundem nossas atividades e denúncias. E sobretudo, contamos com todo um apoio legal que nos orienta e nos defende na hora da repressão policial.
     A ocupação é um meio e um fim em si mesmo. O objetivo último é trazer à luz as deficiências e contradições do Sistema atual. O alvo de nossos protestos são o Capitalismo injusto e explorador, a democracia e suas instituições, entre elas o Estado, que escondem uma ditadura maquiada, e por fim a sociedade e suas tradições e valores absurdos e retrogrados. Em vez de gritar discussos políticos, cremos na prática de nossas ideias e valores como forma de denúncia. Ocupar é uma forma de vida e um desafio de emancipação pessoal. Tentamos crescer vivendo em comunidade e experimentando atitudes coerentes com nossos valores. Nosso estilo de vida alternativo é nossa proposta política de transformação. Somos atores sociais e cremos em devolver a politização à sociedade civil.
     Nossa crítica à Propriedade e sua Democracia, que são as bases de nosso sistema, assim como a grande capacidade de mobilização popular que temos tido, tem feito com que o Estado nos considere uma séria ameaça de ruptura da "harmonia social". O preço que pagamos é a difamação e a criminalização.
     Desde 1995, o código penal nos transforma em delinquentes e os processos judiciais se torna mais simplificados para poder nos desalojar rapidamente e nos cortar pela raiz. A legitimidade de nossas reivindicações nos tem dado apoio de partidos políticos, associações cidadães, sindicatos e de juízes que já estão se empenhando a negar-se a julgarmos pela via penal. Milhares de manifestos públicos, marchas e mostras de apoio as ocupações, são os que nos protegem todavia de uma aniquilação total por parte do Estado. Sem embargo, a estratégia do governo de criminalizarmos com a ajuda dos meios de comunicação, nos relacionando com a violência, o delito e o terrorismo, está dando seus frutos. Uma vez que a opinião pública já está predisposta contra nós, os abusos policiais e torturas são mais justificáveis. A intervenção policial destinada a nos controlar, assim como as estratégias de investigação e perseguição são algumas das mesmas durante a Ditadura Franquista. A repressão está castigando sem trégua nosso movimento, especialmente os setores mais radicais e autônomos. Sem ser pessimistas, cremos que não seremos capazes de aguentar muitos anos esse desgaste. O panorama europeu demonstra que o Movimento Okupa tem sido destruído ou "comprado" pelos governos. Veremos como o movimento espanhol segue resistindo, o que demonstra a autenticidade de "nossa democracia".
OKUPAR! RESISTIR! PRODUZIR!
(Assembleia Okupa de Barcelona - traduzido e adaptado por Bio Panclasta)             
fonte: http://squattaboca.blogspot.com/

[Suíça] Ocupação em Bienne


  

[Próximo ao fim do meio dia do 1º de agosto, o coletivo Os Habitantes ocupou o imóvel localizado na 75, Seevorstadt, em Bienne.] 
Comunicado: Algumas pessoas, que não se dedicam nem ao lucro, nem ao status quo atual, pessoas que não se deixam mais atomizar, nem se pôr em concorrência pela obrigação de “subir na vida”, reclamaram o espaço onde então se encontram. Os Habitantes vão pagar o preço para fazer a Seevorstadt 75 novamente um lugar habitável. Uma casa vazia é uma casa morta. Visto que essa casa estava vazia há mais de dois anos, muita gente procura o espaço para criar, para aprender, para crescer, para viver. Como Os Habitantes conhecem as regras do jogo burocrático, e também as intenções dos especuladores imobiliários, o coletivo não pediu permissão para se mudar para lá. O espaço existe e estava lá sem ser utilizado. Contra a tendência atual de desenvolvimento urbano, Os Habitantes não se privam de participar ativamente na concepção da cidade e de mudá-la, no lugar de se contentar de simplesmente povoá-la como consumidores passivos. Os Habitantes é um coletivo de uma dúzia de pessoas. Elas vêm de todo lugar, são de idades diferentes e se engajam em diversos projetos. Elas partilham a visão de morar em comunidade. Não é suficiente compartilhar suas roupas, como não é só se encontrar depois do trabalho para uma cervejinha. Viver junto em comunidade é um estilo de vida que não se encaixa no modelo dos imóveis de habitação modernos. As casas hoje são construídas de uma maneira à responder à atomização crescente da sociedade. Os Habitantes são contra. Os Habitantes não estão de acordo que a semana tenha cinco dias que não estão disponíveis. Os Habitantes se reapropriam do tempo para tê-lo quando tiverem inspiração para desenvolver seus talentos, seus dons, seus desejos, seus interesses. É assim que se cria a diversidade. É assim que se cria uma alternativa ao ditado da sociedade de consumo pseudo-individualista. É assim que se cria o espaço para todo mundo. Os Habitantes não ocupam para privatizar a vida, mas para coletivizá-la. Os Habitantes contam com a ajuda mútua, e não aquela das instituições e das organizações que impedem a auto-organização; Num mundo onde a catástrofe não está no porvir, mas aqui, eles tomaram a iniciativa. Esperar mais, isso é que é a loucura! Cordialmente, Os Habitantes Os projetos seguintes serão alocados na ocupação: Viver em grandes grupos Para nós, viver junto não significa apenas compartilhar as roupas, a comunidade é a base do nosso cotidiano. Esse estilo de vida não convém aos imóveis feitos para a habitação, nós precisamos de mais espaço do que isso que é oferecido por essas casas modernas. Elas não são construídas para responder às nossas necessidades, mas para tão somente à atomização crescente dessa sociedade. Ateliês abertos Nós somos muitas pessoas que têm diferentes talentos e domínio de diferentes técnicas. Ao partilhá-las, uma enorme diversidade de utilidades, de materiais e de saber-fazer se cria. Nos ateliês abertos, faz-se com que essas qualidades sejam acessíveis às pessoas de fora da casa. Nós não nos ocupamos em privatizar a vida, mas em coletivizá-la. Redação de revista Já há três anos que um grupo de pessoas de Bienne e de outras cidades publicam a revista bilingue LaBlatt. Financiada graças à doações e de noites de solidariedade, ela é distribuída gratuitamente e enviada aos assinantes na Suíça e no estrangeiro. Com a demolição iminente do imóvel da Fabrikgässli 3b no outono, o projeto ficará sem abrigo [mas será alocado na ocupação]. Cursos de idiomas Desde o começo de 2011, há um curso de língua alemã e de francês gratuitos em Bienne. Curso que são acompanhados por uma cinquentena de imigrantes que não tiveram qualquer acesso à educação, mas que têm urgência de aprender uma língua local para poder organizar seu cotidiano. O local se encontra atualmente à rua Neuve 9. O imóvel é passível de ser demolido no outono de 2011 [mas será alocado na ocupação]. Biblioteca À rua Neuve 9, há uma biblioteca com muitas centenas de livros. Eles foram coletados, doados e comprados ao longo dos anos. Para que eles não fiquem acumulando poeira num apartamento privado, a biblioteca precisa de um novo lar onde ficará aberta a mais pessoas [então será alocada na ocupação]. Horta comunitária A terra é uma comunidade vivente onde tudo está ligado de maneira existencial. Na cidade também, é possível cultivar terrenos parados. De qualquer forma, é um enriquecimento enorme se reapropriar do saber-fazer e das experiências esquecidas, e de ser mais independente mesmo que numa escala “menor”. Loja gratuita Numa loja gratuita, há roupas, máquinas, pratos, jóias, calçados, brinquedos e muito mais. É onde alguém que precisa de alguma coisa pode simplesmente pegá-la. Dispensando coisas que já não são mais necessárias, mas que são ainda utilizáveis, elas são retiradas do círculo de consumo de mercado.
Tradução > Tio TAZ
agência de notícias anarquistas-ana

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Comemoração de três meses e ameaça de desalojo

Na primeira semana deste mês completamos três meses de okupação, durante esse tempo praticamos várias das atividades que tínhamos em mente, na proposta de levar nossas perspectivas de vidas e trocar nossas vivências com outros que estão além das margens físicas do espaço. Dentro disso desenvolvemos o primeiro grupo de estudos anarquistas, onde passamos pelos teóricos anarquistas clássicos. Desse grupo de estudos surgiu a idéia de outro grupo, intitulado Tulipa Negra, voltado às movidas e idéias anarco feministas, assunto que muito nos interessa.

Além das trocas teóricas também construímos junto com outros indivíduos o primeiro ato contra a homofobia, na tentativa de afrontar a falsa moral religiosa e conservadora dos habitantes desta pequena cidade de coronéis chamada Lages. Em uma caminhada divertida e politizada, fechamos uma rua por alguns minutos aos gritos de androgenia, amor livre e liberdade sexual causando espanto e desconforto as mentes que ali passavam. Seguimos gritando e pulando por todo o calçadão da cidade até chegarmos à frente do templo de pedra cristão, a catedral, e lá aproveitamos o busto de Getúlio Vargas, um dos ídolos dos conservadores locais, para a nossa intervenção, algumas fotos já foram divulgadas no blog.

Sempre com a proposta de causar alguma reflexão e na tentativa de transformar as próprias relações sociais, seguimos nas nossas atividades. Outra destas foi a intervenção que fizemos no parque com as crianças, fizemos o legítimo pinta a cara na rua e jogamos malabares numa troca completamente tranqüila com as crianças, mantendo a idéia de estabelecer um contato direto e verdadeiro com esses pequenos seres pensantes cheios de vida que fizeram aquele sábado ser inesquecível para nós.

Junto com essas atividades nos propomos também a organizar semanalmente um jantar intitulado resto di fera pra reunir pessoas para algumas discussões cotidianas acompanhada de uma rangacera vegana, regada de espontaneidade. Também mantivemos o cine Carmela, uma mostra de filme voltados aos ideais anarquistas/libertários nos quais acreditamos, essa atividade já vinha acontecendo mesmo antes de okuparmos o espaço e decidimos continuar movendo por esse meio, essa é a atividade onde rola o maior numero de pessoas para assistir e debater sobre os filmes. A atividade mais recente que realizamos aconteceu na ultima sexta feira, uma intervenção teatral que foi construída a partir de uma troca de idéias sem compromissos e que nos trouxe uma vivacidade estonteante, a idéia foi construir algo partindo dos próprios elementos da casa, e com a clareza de que não somos atores e nem buscamos ser, apenas queríamos botar pra fora aquilo que sentimos diariamente ali dentro daquele espaço constantemente em transformação.

Buenas, ai ficou então um breve relato das atividades que aconteceram e acontecem na Guamirim de Maio. Relembrar tudo que vem acontecendo aqui nos dá uma imensa ânsia de continuar nessa luta contra os padrões burgueses. Porém nessa ultima segunda feira aquilo que temíamos desde os primeiros instantes que estávamos na casa ocorreu e veio à tona a ameaça de desalojo.

Sentimos a ameaça dos burgueses num cotidiano que passou a ser de neurose y estratégias de resistência. Nos sentimos, cada individuo a sua maneira, vigiados e inseguros, pois não sabemos quando virá o desalojo.

Nosso squat pertencia aos mesmos donos de um hotel que fica no outro lado da rua. Esse hotel está abandonado também ha muitos anos y sem cumprir sua função social. Segundo os donos servirá a uma empresa de Otacílio Costa chamada passaúra.

Não sabemos até que ponto esse contrato existe ou é uma forma que encontraram para nos amedrontar y desalojar da okupa. Aí consiste nossa resistência. Insistiremos y moveremos as atividades anarkopunx até o último dia, ao passo que procuramos outro espaço abandonado pela elite para uma nova okupação.

Se nos expulsam, nos prendem, nos atacam... é porque nos temem y portanto continuaremos contra-atakando esse estado y burguesia fascista y transformando as estruturas da anti-vida em espaços liberados construindo a anarquia.

Resiste guamirim, flor do asfalto, bosque, torem... comp@s presos no Chile, Grécia... OKUPAYATAKAOKUPAYPREOCUPA@PUNX

sábado, 13 de agosto de 2011

POESIA - KONTRA A PROPRIEDADE PRIVADA

Kotidiano embebido de tristeza,
Soluçando momentos de agonia,
Nossas vidas muito insanas,
Lutando kontra uma korrente
Que prende e censura,
Nossos corpos nossas mentes.
O sol se põe e as trevas logo chegam,
Mas a luz da vela da um brilho,
Iluminando os caminhos tortuosas
Que cheios de espinhos rumam a anarkia.
Kontra a propriedade privada,
Okupando kasas abandonadas!

Autor: Facão

Okupa Timothy Leary completa 1 mês de existência y resistência



Completando um mês de resistência, a OKUPA TIMOTHY LEARY (O'K'UPA-> Diferencia-se de OCUPA, pois esta última serve apenas como moradia, enquanto a primeira serve para fins políticos) Enfrenta grandes desafios: Que predefinições devem existir num espaço de convivência libertária? QUAIS características do sistema devemos nos apropriar, de quais direitos devemos reinvindicar e quais RUPTURAS devemos ter?

Focault define o homem contemporâneo como um homem 'assujeitado', ou seja, um homem construído por uma elite arquiteta do homem. Uma verdadeira liberdade então compreenderia o conhecimento completo das possibilidades, e o direito à escolha do caminho a seguir.

Existe a 'liberdade para ser machista'? 'liberdade à alienação'? 'Liberdade para reproduzir uma cultura homofóbica?', 'Liberdade ao tiranismo de opinião?'

Claro que a pedagogia libertária trabalha com formas muito mais amplas do que apenas suprimir tais culturas brutalmente. Porém até que ponto deveremos ser tolerantes a elas? Até que ponto há garantia que com nossa tolerância, a cultura oposta está aprendendo com a cultura libertária, e não o contrário?

Não somos românticos. Não podemos ser. Só podemos trabalhar com o que a experiência nos mostra. Fugir da realidade quando se trata de assuntos de tática e estratégia é colaborar com a derrota.

CASA OKUPA TIMOTHY LEARY É UMA CASA LIBERTÁRIA PARA LIBERTÁRIOS. Está aberta para todos os visitantes de bom grado, mas para permanecer, é preciso nada mais nada menos que AMAR LOUCAMENTE A HUMANIDADE. É uma casa-ferramenta, pois se trata não apenas de querer nossa liberdade, mas da humanidade por inteira. Amostra de vídeos, arte, biblioteca, oficinas, estúdio de música. É TUDO PELA LIBERDADE. Pela EDUCAÇÃO LIBERTÁRIA.

Não pensem que por isso não sabemos nos divertir. SABEMOS. Temos a loucura dos velhos piratas no sangue, a anarquia dos índios tropicais e o espírito aventuresco de colocar Rimbaud no chinelo.

A questão é que, divertir-se às custas do atraso do projeto é demosntração apenas de uma manifestação de espírito de porco, e não será tolerada. Ria a cada momento, Foque no seu horizonte o velho sonho, da vida sem opressão, do respeito da convivência entre todos, uma vida sem bloqueios, este velho sonho de todos aqueles que um dia experimentaram ou vão experiementar o vôo dos pássaros centenários.

por: http://okupatleary.blogspot.com/

PROGRAMAÇÂO CULTURAL SQUAT TABOCA

06/08 – 14:00h - Conversação Libertaria, Tema: Squat – Okupas – Propriedade Privada – Especulação Imobiliária.
07/08 –  9:00h – Desjejum e Poesia.
  13;00h – Rango Coletivo.
  15:00h – Oficina de Artesanato (Macramê).
10/08 – 14:00h -  Mutirão de revitalização do espaço.
11/08 – 14:00h -  Mutirão de revitalização do espaço.
13/08 – 12:00h – Rango Coletivo.
14/08 – 10:00h – Confecção de Malabares (Devilstick, Bolinhas e Claves. Pratica Lúdica)
17/08 – Rango coletivo e mutirão de revitalização
18/08 -  Rango coletivo e mutirão de revitalização

Fotos Squat Taboca

Primeiros dias, na correria!







Desjejum com Poesia

 Atividade realizada no domingo (07/08), café da manhã aberto para a comunidade e depois uma descontraída e espontânea criação de poesias e colagens com recortes de  revistas.




 

Oficina de Macramé




 

domingo, 7 de agosto de 2011

Timothy Leary - relato dos primeiros dias de okupação

9 de Julho, o nascimento

Com todos os contratempos ainda não havia tido um tempo para descrever os processos de como se deu a ocupação e seus problemas e soluções;

Como alguns devem saber a energia e disposição de campinas é um pouco escassa; Desde que encontramos casa conseguíamos nos reunir em muito poucos para o início das atividades e tornar o espaço habitavel...Nosso maior problema foi exatamente esse, encontrar pessoas suficientemente dispostas a ocuparem o espaço e transformá-lo; Iniciamos a limpeza em 5, retirada dos matos, poeira, água que estava inundando parte da casa... Até aí a casa estava pronta pra ser tomada, porém sem gente o suficiente pra reivindicar o espaço...cadeados foram trocados, vizinhos reclamaram etc

Essa foi a primeira leva...

Então foi marcada a segunda leva pro dia 9 de Julho, data oficial do nascimento da casa...Foi feita uma divulgação, principalmente durante uma passeata, e as pessoas brotaram e brotaram. A casa terminou sendo descoberta e estava sendo frequentada por usuarios de crack, e perdemos toda a limpeza anterior (havia bosta pra todo canto...)

Vários trampando, vários dando o melhor de si pelo espaço, a coisa fluiu. No mesmo dia a casa estava limpa novamente, podia-se pisar no chão, haviam alguns móveis e retiramos o resto do lixo...Desde então há moradores todos os dias. Ainda há (poucos) problemas com frequentadores da casa...Alguns pudemos pedir que deixassem de aparecer, outros foram mais hostis, e enquanto o espaço não ganha notoriedade com a vizinhança nem temos porte para segurar algumas tretas, tivemos que ceder. Isso não seguirá.

Os vizinhos mais proximos agora já nos conhecem e apoiam a causa, timidamente. A polícia (???) chegou a aparecer e disse apoiar-nos também, pela iniciativa do centro cultural.

Há 2 quartos nos fundos, como mostra a planta. Um deles está ocupado por 2 moradores, usuários também, que estão aí desde a mais tempo. Estamos em relação diplomática, os BO's podem dar problema pra casa inteira, inclusive se frequentarem menores por lá. Porém são pessoas que nos respeitam e apoiam, dialogam, etc... Ficamos por aí com eles. À medida que a casa comece a exercer atividades a situação se resolverá por si só.

O Squat não foi definido tribalmente, é plural...Está aberto para artistas, "hippies", "punks", góticos etc...Acho que falo por todos por dizer que não estamos muito interessados na 'capa', todo aquele que queira contribuir para a causa libertária, o desenvolvimento cultural e autonomo, etc...Pode vir. Sempre lembrando disto: Uma casa libertária, autônoma, uma zona autônoma! Todo o suporte aos movimentos libertários!

Avante!

Sábado de atividades, almoço vegano, churrasco em seguida (sem briga)
Início das atividades de pintura.

Próximas etapas:
-Concluir a pintura
-Corre da água (acertar encanamento)
-Forçar o prefeito a assinar nossa estadia >:D
-O projetor
-Terra organica e sementes da composteira
-banheiro seco
-Móveis, almofadas, cadeiras, mais moveis, a estante dos livros, etc.

Por: http://okupatleary.blogspot.com/

sábado, 6 de agosto de 2011

[Alemanha] Squat “Kommando Rhino" é desalojado



Depois da enésima ameaça de expulsão marcada para 1º de agosto pela manhã, a cidade de Fribourg enviou sua mão armada, pouco antes das 5h da madrugada. Mais de 500 policiais contra 200 manifestantes que, depois de pôr barricadas em chamas em torno do Rhino teve que abandonar o campo tendo em vista o desequilíbrio entre as forças.
8h. Início da destruição do Rhino.
08h06. Anúncio da primeira prisão, os confrontos ocorrem no bairro.
9h. Anúncio de cinco detenções.  
De 500 a 600 policiais montando guarda na área, e cerca de 1000 em toda a cidade cuidando de pontos de controle ao redor da área do Rhino.  
Em resposta a esta exposição de força ultrajante e da repressão já grave, um banco foi destruído e outras ações são planejadas; os confrontos continuaram no bairro e cidade.  
3 de agosto de 2011, 12h38 [horário local].  

Mais infos (em alemão), fotos e vídeos: http://www.badische-zeitung.de/freiburg/kommando-rhino-gewalt-eskaliert-in-der-nacht   
Tradução > Tio TAZ

Squat Taboca

Surge em Julho/2011, em Natal/RN, o SQUAT TABOCA - Centro Social Okupado.





Vivemos numa sociedade onde diariamente constatamos a falta de alimentação, a falta de conhecimento, a falta de segurança, a falta de saúde, a falta de moradia, etc.

Se há pessoas dormindo no frio das ruas, se falta lugares para as pessoas se alimentarem e ajudarem umas as outras, se as expressões culturais populares não acontecem por falta de lugares disponíveis, e se há imóveis vazios e abandonados, que só servem para acumular lixo, focos de doenças e trazer insegurança e aborrecimento para a vizinhança, então torna-se um direito legítimo ocupar estes imóveis abandonados, dando-lhe uma utilidade social real, como de moradia e de cultura.

É com esses desejos e perspectivas que surge em Julho/2011, em Natal/RN, o SQUAT TABOCA - Centro Social Okupado. Este foi um prédio que durante muito tempo pertenceu à UMES (União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas), que foi um protagonista importante nas lutas e studantis e sociais desta cidade, mas que por causa da falência da instituição, rixas partidárias e pela burocracia, encontrava-se completamente abandonado e sem uso, sem eletricidade, sem água, sem estruturação, sem segurança, enfim, completamente sem vida. Agora o prédio está ocupado, limpo e sendo reestruturado aos poucos, preservando assim seu valor histórico e político que possui.

O objetivo é fazer deste espaço uma livre associação voluntária, onde nos envolvemos com indivíduos que possamos dividir nossos sonhos e nossas lutas, uma comunidade que seja o embrião inicial de uma nova sociedade que queremos e estamos construindo, uma zona autônoma que respeite os diferentes indivíduos, que esteja em harmonia com o meio ambiente, que as tarefas e as responsabilidades sejam divididas entre todos os integrantes, que criemos condições de vivermos com decência e dignidade, que possa se desenvolver o exercício da autonomia, da solidariedade, do aprendizado e da liberdade.

Para tanto, estamos exercendo no local atividades de cunho político-cultural, aberto para a participação de todos os interessados, como: biblioteca social, grupo de estudos, cooperativas, bazar solidário, oficinas, reciclagem, artesanato, serigrafia, eventos culturais (música, poesia, teatro, pintura, vídeos, debates), entre outras.

Esse projeto é de caráter autônomo e independente, não tem como objetivo fins lucrativos, por isso, não conta, nem quer, financiamento dos poderes políticos e empresas capitalistas, que só visam lucro e poder. Portanto, contamos com a ajuda e participação voluntárias de todos os interessados, para concretizar com eficiência esse novo espaço de liberdade, aprendizado e socialização.

NÃO SOMOS ESPECTADORES PASSIVOS DE NOSSAS VIDAS!!!OKUPAR! RESISTIR! PRODUZIR!

Email:: biofilo.panclasta666@gmail.com
URL:: ccap-natal.blogspot.com